Dyggo: "Os elogios nem sempre são sinceros"

Engana-se muito quem pensa que baiano só canta axé. Rodrigo de Deus, aprovado pelos três jurados do Ídolos 2008, vem conquistando o público com o seu gingado e samba-reggae romântico.

Dyggo, como gosta de ser chamado, jogou durante um bom tempo no Vitória da Bahia e se garante quando o assunto é futebol, mas é como músico que ele diz encontrar a oportunidade de construir uma carreira sólida. "Desde a época de jogador, eu sempre me senti bem cantando. A música está dando muito certo, acho que tive mais sorte", afirma o ex-lateral esquerdo.

Entre comparações, perguntamos qual frase se aplicaria melhor à sua situação atual, Dyggo pensou e escolheu "Como jogador, sou um ótimo cantor", mas explicou, "não desmerecendo o lado do futebol, claro. Eu ainda jogo muita bola, viu? Só não sei até quando (risos)".

Rodrigo hoje é vocalista de um famoso bloco afro na Bahia e nos conta como surgiu essa oportunidade. "Eu cantava em um grupo de samba, e foi através dele que me convidaram para fazer parte da banda mirim do Olodum". O rapaz foi descoberto por um produtor e, em um ano e meio, passou do mirim para o bloco oficial. "Mesmo com todo esse tempo na música, nunca tinha me aperfeiçoado no canto", comenta ele, que começou a fazer aulas no final do ano passado.

Qualquer artista é alvo de críticas e elogios. Dyggo diz não se importar com os comentários, muitas vezes maldosos, e dispara: "Adoro críticas! Todas são bem-vindas, analiso-as friamante", e adiciona, "é com elas que eu cresço e corrijo meus defeitos. Os elogios nem sempre são sinceros, mas a maioria das críticas sim". Ao final da nossa conversa, o baiano declarou que não vai representar qualquer papel no programa, "todos que me conhecem sabem que sou o mesmo sempre, não importa o lugar".